Na madrugada de hoje para amanhã temos o primeiro eclipse lunar total de
uma série de quatro a se desenrolar entre este ano e o ano que vem. É
uma “lua de sangue”? Um sinal do fim do mundo? Claro que não. Mas, sem
dúvida, trata-se de um belo espetáculo astronômico que vale a pena ser
visto, se você tiver a chance.
Um eclipse lunar nada mais é do que o fenômeno que acontece quando a
sombra da Terra encobre a superfície da Lua. O evento pode ser parcial
(se a sombra só cobre parte do satélite natural) ou total (encobrimento
completo). Não tem mistério.
COMO OBSERVAR
O eclipse poderá ser visto em todo o Brasil, mas num horário meio
ingrato. O começo é à 1h53, mas essa fase é praticamente imperceptível,
porque apenas parte da luz solar está sendo bloqueada pela Terra (diz-se
que a Lua está sob a penumbra terrestre). Nosso satélite só começa a
entrar na sombra forte mesmo (chamada de umbra) às 2h58. Aí a impressão é
de que a Lua está sofrendo uma crescente “dentada”, até as 4h06,
momento em que nosso satélite está completamente encoberto. É a partir
daí que se começa a perceber a cor avermelhada. às 5h24, o satélite
começa a sair da umbra e vai recobrando sua aparência natural. E aí
acaba a festa para nós, porque a Lua vai se pôr no horizonte oeste,
enquanto o Sol surge no leste.
De forma geral, não existe fenômeno natural mais fácil de observar. A
olho nu já se percebe muitíssimo bem, e binóculos sem dúvida agregam
valor. Telescópio pode ser bacana, mas o legal mesmo é ver a Lua por
inteiro, então não são realmente necessários. A única coisa que pode
impedi-lo de acompanhar o espetáculo é a nebulosidade. Torça para não
estar nublado.
Aproveitando o ensejo, enquanto o eclipse rola, se você quiser ver um
fenômeno adicional, pode procurar Marte, que anda bem pertinho de nós
por esses dias e aparece bem vistoso no céu, vindo logo atrás da Lua,
como um astro vermelho de brilho estático, sem cintilar. Com efeito, ele
faz sua aproximação máxima de nós na atual temporada hoje e tem
propiciado bom espetáculo aos observadores. Também é visível a olho nu,
mas para enxergar detalhes do planeta, só mesmo com um telescópio
poderoso.
Fonte: Geográfica Onne
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